sábado, 26 de julho de 2008

A Tempestade e Política

O que vocês acham desse texto? De que outras formas é possível entender a política em A Tempestade?

22 comentários:

Anônimo disse...

A política da vingança é a mais forte nesse texto. Próspero quer se vingar do irmão Antônio, Calibã de Próspero e assim por diante. Traz os traços marcantes da era Elisabetana. Shakespeare escreveu esse texto embasado em outras fontes, prendendo a atenção da platéia em todo o momento da peça.

Anônimo disse...

Shakespeare tencionava levar ao conhecimento da massa as contradições da arte política, bem como uma reflexão sobre ela, pois desmistificava a percepção de uma política estável. O poder, por mais repulsado que fosse, afigura-se necessário, já que a liberdade, tanto para Ariel ( busca da liberdade obedecendo e agradando), quanto para Caliban ( busca da liberdade através da maldição e conspiração) não era suficientemente satisfatória. É como se a obediência e a afirmação da autoridade fossem o cerne das relações humanas, com suas contestações sim, mas sem as quais ficaríamos sem chão. Já dizia Foucault que as relações de poder deveriam ser interpretadas positivamente, pois geram saber.

Anônimo disse...

com aleitura desse texto, podemos imaginar, o poder de domínio que tem um ser humano sobre outro, mesmo de um estrangeiro sobre um nativo, que conhecia todos os mistérios da ilha,e que poderia tranquilamente dominar sobre seu senhor,mas assim não o fez por falta de sabedoria.

Anônimo disse...

sua aulas são otimas profa Ramayana
no momento estou me sentindo confortavel,espero que continuem assim , abraços.

Anônimo disse...

Depois de ler o texto Shakespeare, e com a dramatização feita com os alunos em sala, que a professora fez, pasei entender melhor o testo. E, com isso sinto-me mais seguro para as próximas aulas. A parte que me imprecionou, é quando aparece o personagem Ariel que busca a liberdade obedecendo e agradando, ao contrário de Calibã, que busca a liberdade através da maldição e conspiração.Isso nos dá um contra ponto no decorrer do texto, e isso
nos dá mais segurança para entender o contexto do autor.

Valter Osvaldo Sant'Ana

Anônimo disse...

Concordo com o que a Katia postou. A politica da vingança é o tema principal do texto é com que ele que a história acontece. E com texto a natureza da politica em Shakespeare e Maquiavel deixa bem claro a representação de autoridade de Próspero.

jucelito disse...

Vários são os assuntos, sobre política, que podemos trilhar no texto de Miguel Chaia, assim como na obra A tempestade, de Shakespeare, e, dentre esses caminhos, o que mais nos chama a atenção nesses textos são as diversas faces de um político, como também as recepções do povo dentro dos contextos criados pela política durante o desenrolar da trama de Shakespeare. No que diz respeito aos políticos, não é difícil percebermos como nada mudou desde a composição de Shakespeare até os dias atuais, pois a posição dos que governam continua a mesma, e o personagem Próspero deixa bem claro nas interações com Calibã e Ariel. Este representa perfeitamente o povo e os assessores políticos, em sua obediência servil e intelectual, pois o espírito deseja a liberdade, como a liberdade de ser o vento das montanhas, que, no texto, podemos substituir pelo conforto social ou vantagens políticas, cumprindo e fazendo e cumprir leis impostas pelo seu superior imediato, ou seja, o governante, representado no texto por Próspero, sendo que Ariel, tal como vemos os favorecidos políticos nos dias de hoje, tem uma dívida de gratidão com este, gratidão esta que é, constantemente, lembrada cada vez que Ariel reclama por liberdade. Já Calibã representa o povo numa situação de revolta diante das decisões tomadas pelo governante, mas também há nesse personagem o cidadão ignorante, que julga a situação como melhor lhe convém o governante. Nesse mesmo sentido, podemos observar a inoperância do povo, representada por Calibã quando os livros de Próspero representam uma ameaça. Ao fazermos uma analogia com nossa política contemporânea, ou até mesmo não tão contemporânea assim, os livros representam a liberdade de um povo, pois eles são, dentre as muitas fontes de conhecimento, talvez, a mais palpável. Os livros na trama, além de representarem o poder político de Próspero sobre Calibã, podem ser vistos como a ferramenta de instrução de um povo, podendo tirá-lo da ignorância. Essa que, nos dias atuais, é talvez o maior problema dos povos contemporâneos, e que Shakespeare já chamava, no século XV, para discussão em suas obras.
Outros temas , porém, podem ser debatidos com o cruzamento desses textos, por hora melhor que fiquemos apenas nessas discussões.

Anônimo disse...

Como é bom o texto literário. Ele têm a capacidade de poder falar sobre tudo e acho que é por isso que gosto tanto deles.Sabendo-se que Shakespeare escreveu muitas peças politicas não é dificil encontrar algo dentro deles que nos levará a pensar sobre isso. Na peça A Tempestade acho que a politica aparece no momento em que existe dominio e servidão .Outra coisa que me chamou a atençao, foi o fato de existirem homens públicos e consequentemente,entre homens públicos e lideres existe politica e jogos de poder.

Anônimo disse...

No texto recomendado pela professora, é nos apresentado que tanto Shakespeare quanto Maquiavel, “apresentam em suas obras um ordenamento de mundo fundado na política; entendem que as diferentes formas de exercício do poder dão significados distintos à vida dos indivíduos, à história de uma cidade ou ao destino de um povo.”
Na peça “A Tempestade”, Próspero utiliza de mecanismos próprios, exerce o poder sobre os seus inimigos e observa-os serem dominados, suas ações são justificadas, como defesa, nesse caso a defesa da monarquia legitima. Ele também usa seus conhecimentos para iludir e tirar proveito de outras pessoas, procurando desestabilizar e subjugar, forçando-as a colocar seus melhores recursos, a seu serviço; e tira o direito de dizer e de pensar.
A relação de poder e obediência esta exposta nas relações de Próspero e Ariel (Liberdade), Próspero e Calibã (submissão).
Ariel, mesmo ciente de que sua liberdade depende da realização de seus serviços, juntando o fator importante da dominação que Próspero exerce sobre ele, por causa do domínio da magia, é obrigado, a participar daquilo que para Próspero afigurava-se como verdadeiro.
Calibã, desestabilizado, cansado de injustiças e do cinismo assumido por seu algoz, usa de um terrorismo desesperado e assassino para alcançar a desejada liberdade.
“A peça A Tempestade” é uma obra marcada com grandes conspirações políticas, a história tem inicio com a conspiração de Antônio que usurpa o trono de Milão de Próspero, o que dá significado a peça. Antonio e Sebastião conspiram contra Alonso, Rei de Nápoles e Calibã e Estéfano contra Próspero.

Kizy

Anônimo disse...

É uma obra marcada por conspirações políticas que leva ao jugo maior - o poder. Para plena realização disso, não importava o quão obscuros e maldosos fossem os caminhos para chegar lá; se do bem ou do mau.O poder de próspero desbancado pelos seus entes provocou nele uma ira de certa forma nociva e vingativa. Mesmo em alguma momento ele tendo praticado a bondade com os que o cercavam, esses eram intencionais. No decorrer até o desfecho final da obra viu-se que os atos e ações praticados por ele para ter o poder novamente não foram diferentes dos que os seus
algoses utilizaram para com ele.
O que denominou-se vingança. Esses fatos certamente assim como hoje já ocorriam na época em se falando de poder e política.

lucia

Unknown disse...

Pode-se afirmar que Shakespeare contribuiu significativamente para descrever uma específica concepção de política. Não se trata de uma política institucional, pois mesmo que ele desenvolva seus temas em volta do trono, com personagens envolvidos num embate com o poder, ele nos fala de uma política atravessada pela gravidade e pela disjunção, imprimindo significados distintos à história de uma cidade e nação.
Conforme o texto, dois temas ganham importância na ilha, que são: submissão e liberdade, na qual Próspero é quem representa o “Poder”. Ficam evidentes na obra as conspirações políticas, pois tanto Antonio como Próspero, entre os outros personagens utilizam da política para alcançar seus objetivos.
Karla Desengrini

Anônimo disse...

Impossibilitada de comparecer as duas primeiras aulas, confesso que ao ler a peça A Tempestade, de William Shakespeare, me senti meio perdida por não entendê-la direito. Porém, com os esclarecimentos da Prof. Ramayana na aula de 9/08, pude tomar consciência da profundidade e riqueza da peça de Shakesperare.

Shakespeare escreveu essa peça no ano de l611, ou seja, no século XVII. Passados quatro séculos, a peça se encontra tão atual, fazendo-nos achar que foi escrita para a nossa realidade, uma vez que seu cenário nos reporta ao mundo de hoje, em que o poder, os comflitos políticos, sociais, a ogância, inveja, conspiração, traição, usurpação, vingança se fazem presentes, principalmente, politicamente falando. Em contrapartida, encontramos o amor, a lealdade, a gratidão, a obediência e a amizade desmedida e, principalmente o perdão, ato final de Próspero, que acredito eu ser nada mais como uma unidade de efeito, um elemento surpresa no final da peça.

Na verdade, Shakespeare jamais imaginou que sua peça atravessaria séculos e séculos, com um enredo tão em voga nos dias de hoje.

Elisabete Dias

Anônimo disse...

Shakespeare se mostrou um mestre nas artes humanas. Extremamente hábil, soube expor em seus textos e peças, de forma primorosa, os meandros das relações humanas.

O termo política é derivado do grego antigo e se refere a todos os procedimentos relativos a polis, ou a Cidade-estado. Assim, pode se referir tanto a Estado, quanto sociedade, comunidade e definições que se referem à vida humana. Assim fez Shakespeare: mostrou-nos os ardis, a astúcia, os artifícios escusos, a manha, a sagacidade e a esperteza a serviço de seus personagens e seus objetivos.

Segundo a autora Hannah Arendt, filósofa alemã (1906-1975), Política "trata-se da convivência entre diferentes", pois a política "baseia-se na pluralidade dos homens". Desta forma, se a pluralidade implica na coexistência de diferenças, a igualdade a ser alcançada através desse exercício de interesses quase sempre conflitantes, é a liberdade e não a justiça, pois a liberdade distingue "o convívio dos homens na polis de todas as outras formas de convívio humano, bem conhecidas pelos gregos".

Concordo com o Jucelito, quando afirma: (Próspero) “representa perfeitamente o povo e os assessores políticos, em sua obediência servil e intelectual, pois o espírito deseja a liberdade, como a liberdade de ser o vento das montanhas, que, no texto, podemos substituir pelo conforto social ou vantagens políticas, cumprindo e fazendo e cumprir leis impostas pelo seu superior imediato, ou seja, o governante”.

Segundo Nicolau Maquiavel, em “O Príncipe”, política é a arte de conquistar, manter e exercer o poder e o próprio governo. Os conceitos de O Príncipe nos ajudam a perceber como Próspero faz política ao conquistar e ao manter o poder utilizando-se de artifícios como conceder vantagens políticas. Por exemplo, tomemos a dívida de gratidão que Ariel tem para com ele e que é invocada toda vez que Ariel clama por liberdade. Política, poderíamos dizer, é a relação humana dotada de poder. Dominante e dominado.

Em sua postagem, Angélica habilmente comentou: “Na peça A Tempestade acho que a política aparece no momento em que existe domínio e servidão. Outra coisa que me chamou a atenção foi o fato de existirem homens públicos e conseqüentemente, entre homens públicos e lideres existe política e jogos de poder.”

Finalmente, gostaria de comentar outra postagem(Elisabete): “Na verdade, Shakespeare jamais imaginou que sua peça atravessaria séculos e séculos, com um enredo tão em voga nos dias de hoje.” Será, mesmo? Shakespeare inteligentemente escreveu sobre nossa própria natureza. Boa ou ruim. O bem contra o mal. Domínio e servidão. Jogos de poder. Será que sua visão era tão imediatista? Ou será que o autor tinha plena consciência da imutabilidade de certos aspectos de nossa natureza?

Será que algum dia isso deixará de estar em voga? Ou será que estas questões ainda atravessarão muitos outros séculos e num futuro distante, em uma sociedade ainda humana, estarão representadas no cotidiano?

Anônimo disse...

A Tempestade tamb´me é uma obra polítca , onde mostra um rei q foi destronado por seu irmão e que é enviado para uma ilha juntamente com sua filha. Ele passa a reinar junto c seus seguidores Arie e Calibã. Próspero usa seu poder mágico para controlar os habitantes da ilha , ele quer vingar-se de seu irmão . A Tempetyade trata de uma espécie de de principado novo .Própero, GRAÇAS A FORTUNA, estabelece na ilha um principado totalmente novo.

Anônimo disse...

A Tempestade tamb´me é uma obra polítca , onde mostra um rei q foi destronado por seu irmão e que é enviado para uma ilha juntamente com sua filha. Ele passa a reinar junto c seus seguidores Arie e Calibã. Próspero usa seu poder mágico para controlar os habitantes da ilha , ele quer vingar-se de seu irmão . A Tempetyade trata de uma espécie de de principado novo .Própero, GRAÇAS A FORTUNA, estabelece na ilha um principado totalmente novo.
ALICE NUNESS

Anônimo disse...

A política aparece de várias formas no texto, como por exemplo, na guerra pelo poder (o trono) entre Próspero e seu irmão ou na submissão ao governante.
A disputa pelo poder aparece não somente entre Próspero e seu irmão, mas podemos acompanhar nova tentativa de usurpação do trono por parte de Antônio que influencia o irmão do rei de Nápoles. Ele quer sempre mais. A luta pelo poder não acaba nunca. Mesmo que Antônio morresse (suposição) a semente da inveja estava plantada no irmão do rei e a luta continuaria. Assim é a nossa política, sempre haverá alguém querendo o poder do outro, sempre querendo mais e mais.
A questão da submissão é mais claramente observada na relação de Caliban e Próspero, mas há também a relação de Ariel e Próspero. A diferença é que para Caliban há ameaça de castigo caso não cumpra cm suas tarefas e para Ariel a ameaça é que perderá sua futura liberdade (liberdade esta que custou a chegar). Este é um processo muito comum. Pessoas vivem submissas na expectativa de um retorno, de uma promessa (muitas vezes falsa) ou na expectativa de que sua vida não fique pior do que já é.

Anônimo disse...

Passam-se os séculos e tudo continua a mesma coisa. Mudam-se as estratégias mas permanecem os objetivos . Quanto maior o poder, maior a probabilidade de governar. Assim como Próspero manipulava e controlava a atitude de todas as outras personagens, os políticos que têm maior poder econômico controlam e muitas vezes até chegam a comprar o voto do povo. Espero que Próspero tenha cumprido a promessa de jogar seu livro nas profundezas do mar, e que jamais seja encontrado por algum pólítico.

Anônimo disse...

Na peça a tempestada fica bem claro que o homem é mais preocupado com o estado,à riqueza, e a usura pelo poder.Simplesmente isto lembra muito uma frase da filosofia japonesa que diz assim; "Enquanto existir o homem sempre haverá guerra e a busca pelo poder" que meramente é a mais pura das ilusôes da vida se levermos em discussão o tempo da vida humana.
O personagem Próspero é um personagem que exemplifica bem isto.Perdeu o poder para o irmão, e por isso deseja vingança e quer retomar ao poder como legítimo duque de milão.Assim como o personagem Estefano que, também quer tomar o poder do mesmo aciama.
Se estamos sujeito à morte todo tempo, do que adianta lutarmos por algo perverso que destrói toda natureza humana.A politica tem que ser posta como um ponto fixo de acordo entre idéias humanas de um modo respeituoso, e não um palco sangrento de ignorâcea e de indescência humana.


Roberto Marafigo

Anônimo disse...

Desde os primórdios da humanidade que uma relação de poder vem se estabelecendo entre as pessoas. Concordo com a Fabiana quando ela diz: “O poder, por mais repulsado que fosse, afigura-se necessário”..., pois através dos tempos na civilização humana, encontramos pessoas que exerceram esta relação de poder com a população, determinando, direcionando assim, os destinos de todo um povo. Vale a pena lembrar que esta relação, em muitos momentos da História, foi muito questionada e por vezes combatida. Podemos fazer uma relação deste poder na peça A Tempestade (Shakespeare), entre Prospero, Calibã e Ariel, já que ao “roubar” a ilha, Prospero acaba traçando os destinos de Calibã e Ariel. Porém, Calibã se rebela e busca a liberdade a todo preço e quer só uma coisa: vingança. Enquanto Ariel a almeja, mas de forma submissa.

Anônimo disse...

Na peça de Shakespeare A Tempestade, o jogo político é transparente pois um quer ter domínio sobre o outro e se utiliza do outro enquanto precisa porém depois é descartado, isso está bem claro no começo da peça com Calibã e Próspero, sendo que o último se aproveitou do primeiro até que lhe fosse conveniente e sabemos que isso é um traço forte em nossa política atual.

Anônimo disse...

Na peça de Shakespeare A Tempestade, o jogo político é transparente pois um quer ter domínio sobre o outro e se utiliza do outro enquanto precisa porém depois é descartado, isso está bem claro no começo da peça com Calibã e Próspero, sendo que o último se aproveitou do primeiro até que lhe fosse conveniente e sabemos que isso é um traço forte em nossa política atual.

13 de Setembro de

Anônimo disse...

Na peça de Shakespeare A Tempestade, o jogo político é transparente pois um quer ter domínio sobre o outro e se utiliza do outro enquanto precisa porém depois é descartado, isso está bem claro no começo da peça com Calibã e Próspero, sendo que o último se aproveitou do primeiro até que lhe fosse conveniente e sabemos que isso é um traço forte em nossa política atual.